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Appels à contributions
Des bibliothèques antérieures dans le monde lusophone. Arts et littératures en dialogue

Des bibliothèques antérieures dans le monde lusophone. Arts et littératures en dialogue

Publié le par Amandine Mussou (Source : Marc Gruas)


APPEL À CONTRIBUTION

Revue Reflexos n º 1 – Revuepluridisciplinaire dédiée au monde lusophone de l'Université deToulouse II – Le Mirail – France

Publication en ligne

http://blogs.univ-tlse2.fr/reflexos/


Pourson premier numéro, Reflexoslance un appel à contribution intitulé «Des bibliothèquesantérieures dans le monde lusophone. Arts et littératures endialogue.»


L'expression«bibliothèque antérieure» est ici entendue comme étantl'ensemble des manifestations esthétiques (littérature, art,cinéma, musique, etc.) qui donnent lieu à un écho, une reprise, uneffet de réécriture, etc., au sein d'une oeuvre produite dans lemonde lusophone. Cet espace de mémoire, quelle que soit saprovenance (nationale ou étrangère), motive, traverse etnourrit d'innombrables oeuvres en langue portugaise. Pour s'en tenir,à titre exemplaire, à la littérature,on relira, par exemple, le dernier ouvrage de Gonçalo M.Tavares Uma viagem à Índia (2011)qui est, selon Eduardo Lourenço, une “répétition d'un voyageinitiatique de l'Occident ayant pour «modèle» celui desLusiades, […] une revisitation originale de la mythologieculturelle et littéraire de ce même Occident, non pas comme unexercice sophistiqué de dé-construction […] mais comme uneversion ludique et parodique d'une quête alléatoire et donc entant que telle revendiquée”. La bibliothèque antérieure estaussi le lieu d'une re-création/récréation pour José EduardoAgualusa qui, dans O Lugar do Morto (2011), “a pratiqué lapsychographie de 24 écrivains déjà disparus, en révélant leursopinions sur des sujets importants […] de notre vie quotidienne»mais également, par exemple, pour Clarice Lispector dans le conteDevaneios e embriaguez de uma rapariga (In Laços defamília, 1960) qui parodie Singularidades de uma raparigaloira de Eça de Queiroz. Quoi qu'il en soit, pourqualifier ce rapport au modèle qui relève, notamment, del'admiration, de la dénégation ou de la subversion, les étudesd'Antoine Compagnon (La Seconde mainou le travail de la citation), deTiphaine Samoyault (L'intertextualité- Mémoire de la littérature),d'Annick Bouillaguet (L'écritureimitative. Pastiche, parodie, collage),de Georges Molinié (Sémiostylistique.L'effet de l'art) et celles deHarold Bloom (The Anxiety of Influence),les travaux sur la parodie de Linda Hutcheon (ATheory of Parody : The Teachings of 20th Century Art Forms)et ceux de Margaret Rose (Parody :ancient, modern and post-modern)peuvent contribuer à une réflexion approfondie sur le travail demémoire des littératures et des arts de l'aire lusophone. Si, eneffet, la notion d'intertextualité, qui relève nécessairementd'une herméneutique, permet d'analyser, au niveaumicrostructural, les relations de coprésence (citation, référence,allusion) et, au niveau macrostructural, celles de dérivation(parodie, pastiche, travestissement burlesque, etc.) que ces textesentretiennent avec la/les bibliothèque(s) antérieure(s), le conceptd'intersémiotique des arts semble ici plus adapté par rapport authème proposé dans la mesure où il permet d'inclure des jeux derenvois entre arts verbaux et non verbaux. Dans cette perspective,les contributions pourraient, par exemple, consister en une réflexionsur ces réseaux de relation aux significations et aux esthétiquesplurielles et qui peuvent aller, notamment, dans trois directionsdifférentes :

1/ unart verbal (roman, nouvelle, théâtre, poésie, etc.) renvoie à unautre art verbal

2/ un artverbal fait écho, en le verbalisant, à un art non verbal (peinture,musique, etc.) ou mixte (cinéma)

3/ unart non verbal ou mixte renvoie explicitement à une oeuvre d'artverbal.


Les brèvesindications théoriques ci-dessus constituent des pistes de réflexionqui ne demandent qu'à être enrichies et approfondies.

Lespropositions de contribution seront soumises à une double expertise« en aveugle » effectuée par deux membres du comitéscientifique de la revue Reflexos.Cf. http://blogs.univ-tlse2.fr/reflexos/comite-scientifique/

Lestextes rédigés en langue portugaise, française, espagnole ouanglaise devront parvenir avant le 15 janvier 2012 (délai derigueur) à Marc Gruas marc.gruas@univ-tlse2.fr.et respecteront la structure suivante :

-l'article – exclusivement en formatWord respectant scrupuleusement les normes de publication retenuespar le comité de rédaction de la revue Reflexoset consultables à l'adresse suivante : http://blogs.univ-tlse2.fr/reflexos/normes-de-publication/– ne pourra excéder 40 000 caractères.

- unrésumé de cinq à dix lignes

- cinqmots-clés.

- Letexte de l'article doit être accompagné d'un document Wordséparé permettant l'identification de(s) (l') auteur(s) :rappel du titre de la proposition, nom, prénom, affiliation, adresseprofessionnelle et adresse électronique.



APELO A CONTRIBUTOS

Revista Reflexos nº 1 – Revista pluridisciplinar do mundo lusófono da Universidadede Toulouse II – Le Mirail – França

Publicação em linha

http://blogs.univ-tlse2.fr/reflexos/


No âmbito do seuprimeiro número, Reflexos lança um apelo a contributos/umachamada para publicação intitulado/a «Das bibliotecas anterioresno mundo lusófono. Artes e Literaturas em diálogo».


A expressão “bibliotecaanterior” significa, neste contexto, o conjunto das manifestaçõesestéticas (literatura, arte, cinema, música, etc.) que dão origema um eco, uma retoma, um efeito de reescrita, etc., numa obraproduzida no mundo lusófono. Independentemente da sua origem(nacional ou estrangeira), tal espaço de memória motiva, atravessae nutre inúmeras obras de língua portuguesa. Se nos fixarmos, atítulo de exemplo, na literatura, será pertinente recordar aúltima produção literária de Gonçalo M. Tavares, Umaviagem à Índia (2011), que é,segundo Eduardo Lourenço, uma «repetição de viagem iniciática doOcidente tendo como «modelo» a dos Lusíadas, […] umaoriginal revisitação da mitologia cultural e literária do mesmoOcidente, não como exercício sofisticado de des-construção […]mas como versão lúdica e paródica de uma quête aleatóriae como tal assumida». A biblioteca anterior constitui igualmente umespaço de re-criação/recreio para José Eduardo Agualusa que, em OLugar do Morto (2011), «psicografou 24 escritores já falecidos,revelando as suas opiniões sobre assuntos importantes […] do nossoquotidiano». Igualmente no conto Devaneios e embriaguez de umarapariga (In Laços de família, 1960), Clarice Lispectorrealiza uma paródia de Singularidades de uma rapariga loirade Eça de Queirós. Em todo o caso, para definir essa ligação aomodelo que, entre outros, se relaciona com a admiração, a denegaçãoou a subversão, os estudos de Antoine Compagnon (La Seconde mainou le travail de la citation), Tiphaine Samoyault(L'intertextualité - Mémoire de la littérature), AnnickBouillaguet (L'écriture imitative. Pastiche, parodie, collage),Georges Molinié, Sémiostylistique. L'effet de l'art e osde Harold Bloom (The Anxiety of Influence), os trabalhos sobrea paródia de Linda Hutcheon (A Theory of Parody : TheTeachings of 20th Century Art Forms) e os de Margaret Rose(Parody : ancient, modern and post-modern) dedicados àparódia permitem que se reflita cabalmente sobre o trabalho dememória das literaturas e das artes oriundas do domínio lusófono.Se, efetivamente, a noção de intertextualidade, que necessariamentese refere a uma hermenêutica, permite analisar, a nívelmicroestrutural, as relações de co-presença (citação,referência, alusão) e, a nível macro estrutural, as de derivação(paródia, pastiche, travestimento burlesco) que esses textos tecemcom a(s) biblioteca(s) anterior(es), o conceito de intersemioticidadeparece aqui coadunar-se melhor com o tema proposto, na medida em quepermite abranger as relações dialógicas entre artes verbais e nãoverbais. Nessa perspetiva, os contributos poderão consistir numareflexão sobre as redes de relação incluindo significados eestéticas múltiplos de acordo com três vertentes diferentes:

1/ uma obra de arteverbal (romance, conto, teatro, poesia, etc.) remete para uma outraobra de arte verbal

2/ uma obra de arteverbal integra, verbalizando-a, uma obra de arte não verbal(pintura, música, etc.) ou mista (cinema)

3/ uma obra de arte nãoverbal ou mista remete explicitamente para uma obra de arte verbal.

As breves indicaçõesteóricas acima apresentadas constituem pistas para reflexão e serãoobviamente sujeitas a enriquecimento e aprofundamento.

As propostas decontributos serão submetidas, sob a forma do anonimato, a uma duplaperitagem realizada por dois membros do Comité Científico darevista Reflexos. Cf.http://blogs.univ-tlse2.fr/reflexos/comite-scientifique/

As propostas redigidas emportuguês, francês, espanhol e inglês deverão ser enviadas antesdo dia 15 de janeiro de 2012 (pede-se o favor de respeitar a datalimite) a Marc Gruas marc.gruas@univ-tlse2.fr.e respeitarão a seguinte estrutura:

- o texto do artigoexclusivamente em formato Word e respeitando escrupulosamente asnormas de publicação definidas pelo Comité de Redação econsultáveis no seguinte endereço:http://blogs.univ-tlse2.fr/reflexos/normes-de-publication/;o texto não pode ultrapassar 40 000 carateres.

- resumo de 5 a 10 linhas

- cinco palavras-chave.

Otexto do artigo deve ser acompanhado por um documento no formatoWord, em anexo, que permitirá a identificação do(s) autor(es) e emque constarão as seguintes indicações: título do artigo;apelido(s) e nome(s) do(s) autor(es), instituição, endereçoprofissional e endereço eletrónico do(s) mesmo(s).