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Relations Littéraires Internationales

Relations Littéraires Internationales

Publié le par Bérenger Boulay (Source : Claudia Almeida)

Relações literárias internacionais: lusofonia e francofonia
Relations littéraires internationales: lusophonie et francophonie

Utilisé pour la première fois en 1880, le terme francophonie a subi des modifications importantes au long du temps. La vision plutôt limitée d'Onésime Reclus – créateur du mot, qui l'a employé pour désigner les espaces où la langue française était parlée – a été élargie. Les significations récentes insistent sur le caractère politique de ce concept, proposent une réflexion sur la résistance contre l'hégémonie d'une langue unique et présentent la diversité linguistique comme un moyen pour assurer les spécificités locales et les possibilités d'intégration dans un monde pluriel.
Créé plus récemment et suivant un chemin différent, le terme lusophonie, lui aussi, élargit sa portée et s'enrichit de nouvelles connotations. La création de la CPLP (Communauté des Pays de Langue Portugaise), en 1996, qui est formée aujourd'hui par 8 membres, a été décisive pour la reconnaissance institutionnelle de la lusophonie et pour les premières réflexions concernant son rôle dans les politiques linguistiques. Cherchant à établir des liens entre ses membres, la CPLP investit de plus en plus dans la construction de partenariats commerciaux et économiques, dans la coopération culturelle et dans la politique extérieure.
La définition de francophonie est en révision permanente et incorpore des adjectifs qui peuvent souligner des spécificités dépassant la seule transposition, telle que la francophonie littéraire. Dans ce champ, la conceptualisation même de “francophonie littéraire”, les études postcoloniales francophones, l'analyse des dialogues interculturels sont des voies productives suivies actuellement par plusieurs chercheurs. Les déplacements et les modifications de positionnement des agents dans le champ doivent aussi être étudiés à partir de nouveaux rapports établis entre celui-ci et les autres grands “ensembles” littéraires, dont la lusophonie. Celle-ci se présente (encore?) comme un concept qui n'est pas exempt de résistances politiques, culturelles, linguistiques et littéraires.
Le Colloque Relations littéraires internationales: lusophonie et francophonie a le but de discuter les analogies et les dissemblances des processus historiques de construction de ces champs de savoirs, d'analyser les politiques linguistiques mises en pratique par la francophonie et par la lusophonie et de réfléchir sur les échanges politiques et culturels contemporains.

Utilizado pela primeira vez em 1880, o termo francofonia sofreu modificações ao longo do tempo. A visão restrita de Onésime Reclus – criador da palavra, que a empregou para designar os espaços onde a língua francesa era falada – foi bastante ampliada. As significações recentes insistem no caráter político desse conceito, propõem uma reflexão sobre a resistência contra a hegemonia de uma língua única e apresentam a diversidade lingüística como um meio para assegurar as especificidades locais e as possibilidades de integração em um mundo plural.
Criado mais recentemente e seguindo um caminho diferente, o termo lusofonia também ampliou seu alcance e se enriqueceu com novas conotações. A criação da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), em 1996, composta atualmente por 8 membros, foi decisiva para o reconhecimento institucional da lusofonia e para as primeiras reflexões a respeito de seu papel nas políticas lingüísticas. Procurando estabelecer laços entre seus membros, a CPLP investe cada vez mais na construção de parcerias comerciais e econômicas, na cooperação cultural e na política externa.
A definição de francofonia está em premanente revisão e incorpora adjetivos que destacam especificidades que ultrapassam uma transposição pura e simples, como, por exemplo, a francofonia literária. Nesse campo, a própria conceituação de “francofonia literária”, os estudos pós-coloniais francófonos, a análise dos diálogos interculturais são caminhos produtivos seguidos atualmente por um grande número de pesquisadores. Os deslocamentos e as modificações de posicionamento dos agentes no campo devem também ser estudados a partir de novas relações estabelecidas entre este e os outros grandes “conjuntos” literários, dentre os quais, a lusofonia. Esta se apresenta (ainda?) como um conceito que sofre resistências políticas, culturais, lingüísticas e literárias.
O Colóquio Relações literárias internacionais: lusofonia e francofonia tem como objetivo discutir as analogias e as dessemelhanças dos processos históricos de construção desses campos de saberes, analisar as políticas lingüísticas praticadas pela francofonia e pela lusofonia e refletir sobre as trocas políticas e culturais contemporâneas.